sexta-feira, 1 de junho de 2012

Carl Wernicke



1 INTRODUÇÃO

O cérebro humano é uma rede precisa, composto por mais de 100 bilhões de neurônios individuais, eles se conectam e formam uma rede, na qual processos químicos ocorrem e diversas informações, como comandos, são enviados a outros neurônio ou células. As células neurais individuais interconectadas é que produzem a percepção do mundo externo. Na história da ciência um dos grandes desafios encontrados foi o de desvendar os segredos desta máquina, a mente humana, sua fisiologia, processos mentais, anatômicos e sua influência no comportamento humano.
A mente é um grupo de funções desempenhadas pelo cérebro, ou seja, tudo ligado ao comportamento motor, como andar e comer, e às ações cognitivas associadas ao comportamento humano, como falar e pensar. A função da ciência neural é fornecer informações do comportamento em termo de atividades cerebrais, explicando como milhões de células neurais individuais atuam para produzir o comportamento e como, por sua vez, são influenciados pelo meio ambiente. A ciência neural emergiu a partir do século passado, de estudos do sistema nervoso ligados as disciplinas experimentais: anatomia, embriologia, fisiologia, farmacologia e psicologia. Hoje, novas técnicas fornecem os meios de ligação direta entre a dinâmica molecular de células neurais individuais, com as representações dos seus atos perceptuais e motores, no cérebro, e de relacionar estes mecanismos internos ao comportamento. Estes estudos hoje estão ligados à neurociência que tem contribuído em diversas áreas de conhecimento.
Ao estudar o cérebro o cientista busca ter uma perfeita compreensão da sua composição, as células neurais individuais, suas interconexões, formação do sistema nervoso, e seu funcionamento. Já nos primeiros estudos sobre a mente humana a parte física (matéria) foi o enfoque, havendo indagações, uma delas foi se cada região do cérebro estudado é responsável por determinada função. Ao se examinar a evolução da espécie humana observa-se que o córtex cerebral é a parte que mais se desenvolveu estando relacionada aos aspectos mais complexos e específicos do comportamento humano.
Diversos cientistas deram sua contribuição nesta área de estudo, surgiu a hipótese da conexidade celular, com base em diversas experiências foi possível saber que os neurônios individuais são as unidades sinalizadoras do cérebro, e que estão dispostos em grupos funcionais e se conectam de modo preciso. Os diferentes comportamentos são mediados por regiões cerebrais distintas, interligas por vias neurais específicas. A espécie humana possui a estrutura cerebral mais completa (evoluída) e a linguagem é a função cerebral mais superior e característica deste ser, por essa razão, várias dúvidas quanto ao funcionamento do cérebro foram esclarecidas através do estudo de como o cérebro processa a linguagem havendo uma contribuição determinante e significativa para a área da neurociência, um dos mais importantes estudiosos da área foi o neurologista Carl Wernicke (1848-1905).

2 BIOGRAFIA

Wernicke nasceu em 15 de maio de 1848 em Tarnowitz na Alemanha, antiga Prússia, hoje chamada Tarnowskie – Polônia. Do ano do nascimento de Wernicke, 1848, até 1914 foi uma época de grande produção na área de psiquiatria, havendo muitos especialistas em fisiologia cerebral e sua funcionalidade, denominados localizacionistas e associacionistas.

Wernicke efetuou os seus estudos de Medicina nas universidades de Breslau (atual Wraclow), Berlim e Viena. Depois de fazer medicina em Berlim Wernicke se dedicou ao ensino e a pesquisas, primeiro na Universidade de Breslau, situada na fronteira da Polônia, entre 1870 e 1875, lá tornou-se ajudante de Heinrich Neuman, que possibilitou sua ida para Viena durante seis meses com o objetivo de estudar anatomia cerebral. Depois foi para a Universidade de Berlim, até 1904, e finalmente, na Universidade de Halle, de 1904 e 1905 tornou-se especialista nas áreas da neurologia e psiquiatria, ele foi médico, anatomista, psiquiatra e neuropatologista. Nas suas últimas universidades foi discípulo de nomes como K. F. Westphal e de Theodor Meynert, que viriam a influenciar decisivamente no seu trabalho. Outra experiência vivenciada que o ajudou a aprimorar seus estudos foi a parceria com o cirurgião Dr. Fischer.
Wernicke ficará para sempre ligado à descoberta da "afasia", uma desordem do sistema nervoso central que afecta a capacidade para a comunicação oral e escrita. Foi aos 26 anos que wernicke publicou um artigo, agora clássico, “O complexo Sintomático da Afasia: Um Estudo Psicológico com Bases Anatômicas”. Tal descoberta deu lugar a enormes polêmicas entre neurologistas e psiquiatras, na sequência, aliás, dos problemas e discussões que sempre levantou a questão das localizações cerebrais. Nesta matéria, o livro de Wernicke, Lehrbuch der Gehirnkrankheiten (Textbook of Brain Disorders), de 1900, constitui uma obra de referência no estudo da localização cerebral de doenças neurológicas.
Nesta e outras obras Wernicke é responsável por um enorme avanço no conhecimento do funcionamento cerebral (refere, por exemplo, a predominância de um hemisfério cerebral sobre o outro), nomeadamente no que se refere às doenças do foro neurológico. Como investigador, Wernicke praticava uma pesquisa eminentemente analítica e baseava o seu trabalho numa concepção global-dinâmica da neurologia e da psiquiatria, encarando o indivíduo como uma totalidade, em que uma determinada doença o afeta sempre globalmente. Assim, Wernicke defendia o conceito de "psicose da unidade".
Carl Obras importantes de Wernicke: 1874, Der aphasische Symptomenkomplex ,1878, L'aphasie,1889-1900, Krankenvorstellungen aus der psychiatrischen Klinik in Breslau. Carl Wernicke faleceu num acidente de automóvel, em 1905, perto de Halle (Alemanha), onde era professor na universidade local.

3 ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO

Wernicke descobriu a afasia como sendo uma disfunção do sistema nervoso central podendo influenciar de forma decisiva no desenvolvimento da comunicação tanto em nível da linguagem oral como a escrita. Suas descobertas foram consideráveis, se tratando da grande contribuição no mapeamento das funções cerebrais bem como a descrição de diversas patologias neurológicas.
Na história da neuropsicologia, campo do conhecimento que aborda a cognição e o comportamento considerando a atividade do sistema nervoso central, Carl Wernicke, juntamente com outros autores, contribuiu na construção de diversos capítulos, sua maior contribuição se encontra associada ao distúrbio da fala e as lesões cerebrais.
Wernicke após os achados dentro da neurociência por Broca iniciou suas pesquisas sobre os danos causados por traumatismo craniano na linguagem. Ele percebeu os danos não eram todos na área de Broca, e sim na região posterior esquerda do giro temporal superior e que essa lesão resultava em déficits na compreensão da linguagem, por conta desse achado a região recebeu o seu nome área de Wernicke. Ele foi o primeiro que descreveu a afasia de compreensão e processamento neurolinguístico, responsável pela ideia do processamento distribuído, atualmente fundamental para nossa compreensão das funções do sistema nervoso.

4. PRINCIPAIS IDEIAS

A localização da linguagem vem do estudo da afasia (distúrbios de linguagem resultante de problemas clínicos) Paul Broca teve um paciente que não tinha nenhuma lesão na língua, boca e cordas vocais, mas não conseguia expressar seus pensamentos por escrito, nem falar gramaticalmente e com frases completas, somente palavras soltas e melodias, após a morte de seu paciente, Broca realizou exames que detectaram lesão na região posterior do lobo frontal (região chamada hoje de área de Broca). Vários estudiosos começaram a identificar outras regiões, e perceberam que estimulação elétrica em determinadas regiões do cérebro produziam movimentos característicos dos membros e que a mão direita, usada na maioria das pessoas para a escrita e movimentos que exigem habilidade, é controlada pelo mesmo hemisfério esquerdo que controla a fala.
Treze anos após o estudo de Paul Broca citado acima, Wernicke apresentou suas ideias formulando um modelo coerente para a organização da linguagem que, com certas modificações, ainda hoje, é muito útil. Wernicke havia se tornado uma figura dominante no cenário dos estudos sobre as afasias desde a publicação de sua monografia (1977a), na qual identifica e localiza a área sensorial da linguagem na porção posterior da primeira circunvolução temporal, apoiando-se em correlações entre lesões cerebrais de tal localização e casos de afasia sensorial.
Essas duas descobertas somadas possibilitaram a Wernicke a construção de um esquema explicativo da atividade da linguagem, a partir do qual os diversos casos de afasias poderiam ser esclarecidos. Os vários tipos de distúrbios afásicos foram, então, relacionados a lesões localizadas em regiões cerebrais específicas e, assim, os casos de afasia passaram a ser inteiramente explicados a partir da localização da lesão.
A dedução da localização cerebral de funções psíquicas a partir da associação entre lesões e a perda de certas funções, ou seja, a partir do método clínico-patológico, baseava-se em dois pressupostos básicos. Primeiro, na hipótese de que cada região do cérebro sedia uma função diferente e, segundo, na hipótese de que cada uma dessas funções é independente, ou seja, de que uma lesão específica pode afetar apenas uma determinada função.
Em 1876 Carl Wernicke deu um grande passo em relação a estes estudos atribuídos a linguagem. Aos 26 anos publicou um trabalho que descrevia um novo tipo de afasia, relacionado ao distúrbio da compreensão e não da execução. Sua ideia era a da existência do distúrbio receptivo em oposição ao expressivo. Enquanto os pacientes de Broca podiam entender, mas não conseguiam falar, o paciente de Wernicke podia falar, mas não compreendia, nem o que ele mesmo dizia. Ao verificar a região cerebral que estava lesionada, percebeu-se que a localização era diferente daquele descrita por Broca.
Wernicke propôs uma teoria para a linguagem, na qual tentou reconciliar e estender as duas teorias existentes sobre o funcionamento cerebral. Os frenologistas defendiam que córtex seria um mosaico de funções específicas, estando os atributos mentais abstratos também localizados e representados em áreas corticais únicas e funcionalmente específicas. Outra forma de pensar foi a de olhar o cérebro como um campo agregado, tendo o entendimento de que as funções mentais não estariam localizadas em regiões cerebrais específicas, mas sim representada por todo o córtex.
As ideias de Wernicke baseadas nos estudos de Broca e outros (Fritsch e Hitzig), definiu que apenas as funções mentais básicas (perceptivas e motoras simples) estão localizadas em áreas corticais únicas e que as mais complexas são resultantes das interconexões entre várias regiões funcionais. Em seus estudos, admitia que os diversos componentes de um mesmo comportamento seriam processados em regiões cerebrais distintas, assim foi formulada a primeira ideia de processamento distribuído a qual é hoje entendida e aceita para a compreensão do funcionamento cerebral.
Wernicke postulou que a linguagem dependeria de programas distintos (sensoriais e motores), cada um comandado por regiões corticais diferentes. Por exemplo, hoje a área denominada área de Broca é a parte responsável pelo programa motor que governa os movimentos da boca, participantes da fala, que por sua vez fica na região situada imediatamente à frente da área motora que coordena a boca, língua, palato e cordas vocais. Já o programa sensorial, que governa a percepção da fala, é situada na área do lobo temporal (hoje chamada área de Wernicke), essa região está circundada pelo córtex auditivo, assim como pelas áreas que integram as sensações auditivas, visuais e somáticas, em percepções complexas (áreas conhecidas como córtex associativo).
O modelo de Wernicke, diz que a percepção inicial, auditiva ou visual da fala é formada em áreas corticais sensoriais distintas especializadas para informações auditivas ou visuais. As representações neurais destas percepções seriam transmitidas para uma área cortical associativa especializada para informações auditivas e visuais (o giro angular). A partir daí as palavras faladas e escritas seriam transformadas em representação neural comum, um código partilhado pela fala e escrita. Do giro angular, esse código é transmitido para a área de Wernicke, onde seria reconhecido como linguagem e associado a um significado. Sem essa associação, a capacidade de compreensão da linguagem seria perdida. Esse código neural comum seria, em seguida, transmitido para a área de Broca, onde seria transformado de uma representação sensorial (auditiva ou visual) em representação motora, que pode desembocar em linguagem falada ou escrita.
Percebeu que danos na área de Wernicke faz com que uma pessoa que escute bem e reconheça as palavras, seja incapaz de formar um pensamento coerente, doença denominada afasia. A doença denominada afasia de Wernicke é caracterizada pela alteração oral e escrita que passam a ser realizadas sem muita precisão, alguns sintomas apresentados são: perda da capacidade de simbolizar, observa-se erros de trocas e repetição de palavras, dificuldade de memória, dificuldade em nomear cores e números, ele também foi um dos responsáveis por levantar as questões sobre as localizações cerebrais, e por ir adiante nesses estudos avançou no conhecimento do funcionamento cerebral. Defendia o conceito de "psicose da unidade", ou seja, a doença e o individuo são um totalidade.
Wernicke em seus estudos percebeu que quando a última transformação, de representação sensorial para motora, não pode ocorrer, a capacidade de expressar a linguagem é perdida. A partir desta visão ele descobriu um tipo de lesão diferente das afasias de Broca e Wernicke, na qual foi confirmada mais tarde, percebeu que as áreas da linguagem, tanto receptivas quanto motoras são poupadas, entretanto as vias de fibras que as interconectam são destruídas.
Essa afasia foi denominada síndrome da desconexão resultante, hoje denominada afasia de condução que é caracterizada pelo uso incorreto das palavras (parafasia). Nesta disfunção, existe a compreensão e a execução, entretanto há falhas (omitem palavras, substituem sons) sem que queiram, sendo uma frustração para o paciente, que percebe o erro, mas não pode controlar.

5. APLICAÇÕES

Hoje são muitas as aplicações das teorias de Wernicke. Graças a sua descoberta, hoje é possível identificar várias doenças associadas. A dislexia é uma delas, para que a criança desenvolva uma leitura fluída, com compreensão, e também consiga expressá-la através da linguagem verbal e escrita, seu cérebro deve possuir uma boa estrutura anatomofuncional. Os estímulos sensoriais, (exceção do olfato) são primariamente processados no tálamo depois os estímulos são direcionados para áreas específicas localizadas no córtex cerebral cujas funções estão relacionadas à interpretação. Essas áreas interpretativas são mais desenvolvidas no lado dominante do cérebro (geralmente, o lado esquerdo das pessoas destras).
Os estímulos visuais são interpretados nas áreas de associação localizadas na confluência dos lobos temporal, parietal e occipital (giro angular). Esta área realiza o processamento gráfico da leitura. A integração do estímulo visual com o auditivo e a interpretação global da linguagem verbal e simbólica (leitura) ocorre na parte póstero-superior do lobo temporal (área de Wernicke). Uma lesão cerebral nessa área pode ocasionar um tipo peculiar de Dislexia, na qual o indivíduo é capaz de ver as palavras, saber que são palavras e, mesmo assim, não ser capaz de saber o seu significado. É na área de Wernicke que ele adquire consciência do significado daquilo que ouve e vê.
Wernicke terá seu nome sempre associado a descoberta da afasia, existem diferentes tipos. Afasia de Wernicke é uma alteração na linguagem oral e escrita, tornando a comunicação sem muita precisão, que é ocasionada por uma lesão neurológica. Por ser causado por um transtorno primário (inflamação no conduto auditivo interno), lesão neurológica em decorrências de TCE (Traumatismo Crânio Encefálico e/ou problemas vasculares como AVC (acidente Vascular Cerebral e AVE (Acidente Vascular Encefálico). Nesta afasia ocorre uma lesão na 1ªcircunvolução temporal esquerda, mas a linguagem oral e escrita não são prejudicadas. Sua maior dificuldade está na compreensão.
Outros tipos de afasia são a motora ou de expressão (afasia de Broca), esta variedade surge sempre em consequência de lesão nas proximidades da área de Broca. Na sua forma mais severa, o indivíduo perde totalmente a capacidade de falar, quando muito limita-se a dizer sim e não em resposta às indagações que lhe sejam dirigidas. Afasia de condução ou de sintaxe (afasia de Goldstein) é um outro tipo, lesões que causam interrupção na principal via de comunicação entre as áreas de Broca e Wernicke resultam nesta forma peculiar de disfasia. Pacientes costumam exibir uma fala fluente, porém repleta de parafasias (uso incorreto de palavras). Um jargão confuso, similar ao visto nos casos de afasia de Wernicke, é a regra. Na verdade, a única real distinção entre esta modalidade e a afasia de Wernicke é que a compreensão da linguagem falada neste tipo de disfasia costuma ser excelente. Na afasia global, lesões extensas no hemisfério dominante que comprometam os lobos frontal e temporal freqüentemente resultam em grave distúrbio de linguagem. Nesta situação, tanto a produção da fala quanto a compreensão das palavras escritas ou faladas encontram-se seriamente comprometidas. Pacientes com este tipo de disfasia são os únicos que poderiam ser definidos como realmente afásicos, pois sua linguagem, extremamente limitada, resume-se à emissão de grunhidos ininteligíveis.
Ao contrário do que ocorria na época de Wernicke, onde o estudo da estrutura cerebral era feito somente após o óbito do paciente, hoje, com a evolução tecnológica e científica é possível analisar o cérebro em funcionamento através de exames de diagnóstico por imagem, o que possibilita uma maior assertividade no diagnóstico médico. Todo o conhecimento deixado por Wernicke através de seus trabalhos e pesquisas são utilizados e aplicados até hoje, na identificação de diagnósticos, áreas cerebrais, suas funções e problemáticas.

6. COMENTÁRIOS

Nota-se que o modelo proposto por Wernicke foi mais completo do que o apresentado por Broca, visto que ficou limitado a pensar na linguagem como uma função unitária, localizada em uma única região cortical. Já Wernicke conseguiu distinguir entre seus pacientes aqueles que haviam perdido a capacidade de compreender a linguagem e aqueles que não mais conseguiam produzi-la.
Dos estudos originais de Wernicke até os mais atuais, pode-se ver que a classificação dos distúrbios da linguagem é consideravelmente mais complexa. Pesquisas e estudos em animais mostraram que diversas outras regiões dos córtices parietal, temporal e frontal estão envolvidas de forma determinante nas capacidades linguísticas humanas. Lesões nas áreas adicionais provocam deficiências na fala, ainda que de forma amena.
Wernicke foi assertivo ao concluir que a área de Wernicke é contígua à área auditiva secundária, havendo uma corelação. Foi ele quem formulou o primeiro modelo coerente para a organização da linguagem que, com algumas modificações, ainda hoje é de grande uso. O trabalho dele contribuiu muito para obtenção de diagnósticos.


FONTES BIBLIOGRÁFICAS

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PURVES, Dale; Augustine, George J.; Fitzpatrick, David; Hall, William C.; LaMantia, Anthony-Samuel; McNamara, James O.; White, leonard E., NEUROCIÊNCIAS, 4ª Edição, Ed. Artmed, Porto Alegre-RS, 2010.

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http://www.neurologia.ufsc.br/index.php/links?id=37
Data do acesso: 01/05/2012

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http://boasaude.uol.com.br/realce/showdoc.cfm?libdocid=16148&ReturnCatID=1811
Data do acesso: 01/05/2012